23/06/2007...
Pessoal, guardem essa data nos seus corações e nas suas mentes....
Aconteceu outra vez.... Acreditem.... Todos se perderam....
Tudo começou com uma inocente publicação do blog onde se lê: "...Vamos explorar esse retorno..."
Logo o
Nívio animou. Decidiram,
Nívio e Flávio, um consultaria o GOOGLE e o outro pegaria as informações com a NASA... Isso mesmo, NASA. Tudo certo! Partimos, 13
bikers, em
direção à
Buriti do Campo Santo, 25Km de distância, tranquilos e felizes. O relógio marcava 07:30h.
De cara notei que não seria uma simples pedalada, pois levei uma queda ainda dentro da cidade . . .
kkkkkkkkk . . . para salvar a minha simples garrafa de
GATORADE que caíra do suporte bem na frente da roda, não tivesse caído teria atropelado a garrafa e perdido seu conteúdo. Tudo bem, levantei, o
Nívio, que pegou as informações na NASA, me ajudou... acomodamos o
GATORADE no suporte, uma
apertadinha ali e outra aqui, ficou firme... seguimos estrada afora.
Eis que no meio do caminho da ida... digamos ainda no início, pois estávamos com 12 km de trilha... Ouviu-se: " Caiu, ó caiu também!!" Vou explicar: Caíram, ao mesmo tempo, o
Adilson e o
Dick. O segundo por que estava estreando o pedal de encaixe e o primeiro por que olhou para trás para ver o que havia caído e ... caiu também.... Nunca tinha visto algo parecido... Bom, animados chegamos à
Buriti... O Flávio apressou-se em buscar informações com os nativos. Confesso que não cheguei a prestar atenção na conversa, mas ouvi com riqueza de detalhes quando um nativo disse para o Flávio a seguinte resposta, transcreverei da forma que o nativo fala. "É, é
poraí sim.
Ocê pega aqui
du ladu dessa cerca e vai até vê uma
caxa d'água. Depois
ocê sobe o
morrão e continua na trilha de
trator, que num é
istrada não, aliás cê conhece
istrada dentro de fazenda,
né? num é nada
bão não, mas até dá
prá andá de
bicicreta procês que é tudo
acustumado." E o cara ainda reforçou: "É um
morrão mesmo."
Nesse mesmo instante da conversa do Flávio com o nativo, já que estávamos em uma bar naquele lugarejo, poderíamos observar o
Fabrício, o
Adilson e o Roberto Viana saboreando salsichas... Vencidas em 1995, segundo o
Robertinho. Bom, demos continuidade ao pedal.... segui mos ao lado da cerca até........... acabar a estrada e nada de caixa d'água... Gente, tudo começou aí........... A estrada acabou, após 3 km, em um sítio. A dona do
sítio disse que deveríamos voltar até um formo à beira da estrada e subir um
morrão. Pessoal, era o
morrão que o cara havia fala, mas vou dizer para vocês.... ERA UM
MORRÃO MESMO!!!!! Começamos a subir, logicamente carregando a
BIKE nas costas, num dava jeito de pedalar não, logo no início encontramos o marido da dona que nos mandou de volta à
Buriti dizendo que não era ali não... resultado, descemos... retornamos os 3 km e logo de cara, em
Buriti, encontramos com o nativo que nos mandou de volta ao mesmo
morrão do qual havíamos acabado de descer...
kkkkkkkkkk.
Nesse momento não se ouvia a voz do
Nívio tão pouco a do Flávio... os responsáveis pelas informações, mas ouvia-se o
Fabrício dizendo: " Num falei, a lógica diz que deveríamos subir o
morrão, só pode ser ali mesmo, vamos voltar." Com muito custo e algumas argumentações voltamos ao
morrão, mais 3 km até lá. O
Robertinho logo foi tentado subir pedalando e não deu conta, era mesmo um
morrão, o João Hélio pensou que daria conta e tentou pedalar
morrão acima, não conseguiu também.... resultado???
Bike nas costas... todos seguiram carregando a
bike morrão acima.... mais ou menos uns 300 metros, mas subindo parece uns 10 km... Passada essa dificuldade
colocamo-nos a pedalar....
Fizemos uma parada para reunir a turma e.... "
iihh, furou o pneu"... isso mesmo pneu furado...
Adilson aproveitou para dormir um pouco.... Levantou assustado dizendo: "nossa aqui tem carrapato" sendo logo tranquilizado pelo sábio
Fabrício: "Tem, não. Carrapato aqui morre de fome, aqui num tem nada, olha que lugar deserto." O Seu Nelson que até então nada havia falado abriu a boca: "
Tô vendo que vai ser igual aquela vez que a gente se perdeu e rodou uns 70 km"... Tudo resolvido seguimos... após 8 km de leve subida encontramos uma casa... abandonada... mais adiante um pouco um entroncamento. Aí foi a vez o
Nívio reunir a moçada e dizer: "A lógica seria
seguirmos à direita, mas me parece que pela direita não há saída, vamos pela esquerda.". Gente, tem lógica isso? Não,
né! Mas já naquela altura do dia... Com escassez de água, sem
alimentos concordamos com o cara. Vou repetir... todos concordaram e seguimos pela esquerda. Após vencermos um
areão pegamos uma boa descida... a
bike desenvolvia uma boa velocidade sem a necessidade de pedalar, era a glória...
OPS! Acabou a estrada... lá
embaixo, depois de tanto descer.... acabou a estrada! Não! O
Robertinho vendo que havia um curral e uma casa disse: "Ninguém mais morre de fome!" Que nada, tudo abandonado. Foi nessa hora que todos se olharam e concordaram: ESTAMOS PERDIDOS!!! Pedidos de calma se multiplicavam e metas pequenas
começaram a ser traçadas. 1ª Meta:
Subirmos o que acabávamos de descer e nos reunir do entroncamento... assim foi feito, cada qual com sua velocidade de capacidade... "Ó, caiu de novo" O
Dick, chegando do cruzamento caiu, bem no
areão, nada de mais, ainda bem!!! Lembram da minha queda??? para salvar a garrafa de
GATORADE??? pois então, estávamos a dividir o que sobrava desse precioso líquido. O Gabriel chegou do meu lado e perguntou se eu
ainda tinha água. Água não tinha mais, mas tinha o
GATORADE. O sujeito tratou de dar um gole ... "santa queda". Todos chegam no cruzamento começamos a avaliar as opções. Foi nesse momento que ouvi a frase mais interessante do ano. Eis que o Flávio diz: "O grande problema é a incerteza, mas que estamos perto, estamos. Vamos voltar para
Buriti"... A aceitação foi unânime, até mesmo o
Fabrício que dizia na lógica concordou... 8 km de volta,
ops... mais um pouco ... erramos a volta.... chegamos... e .... descemos o
morrão...
kkkkkkkk .... pior.... descemos com a
bike nas costas..... num tinha jeito nem de descer pedalando.... 3 km até
Buriti.... parada no mesmo bar da ida... mais salsicha, muito
refri.... muita água.... muita bolacha.... muito descanso..... até
MANDIOPÃ, vocês lembram??? pois é... Tudo era alegria até que o
Adilson resolve dizer: " Gente, vou confessar
uma coisa
prá vocês. Eu não consigo mais pedalar." O silêncio tomou conta de todos, até mesmo porque era um sentimento quase que unânime, estávamos exaustos... Conversa daqui, conversa dali... seguimos estrada e conseguimos chegar...... ;) Apenas mais dois relatos.... Quando estávamos já de volta, dentro de Montes Claros, resolvemos descansar um pouco e ouvimos essas duas frases, já eram 15:45h da tarde. A primeira do Gabriel: " O que que a gente tá fazendo aqui parado?"
kkkkkkkk e a segunda foi do Seu Nelson, o Incansável, que disse: "Ainda bem que a gente perdeu, porque senão seria um passeio pequeno demais, com isso tudo fizemos um passeio até razoável". Gente, razoável ele disse, sabe quantos km marcou o meu CAT EYE??? 76km... Vai ser
incansável assim lá longe!!!!!!! Vejam as imagens da odisséia.